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As quedas nas pessoas idosas são comuns e aumentam progressivamente com a idade em ambos os sexos e em todos os grupos étnicos e raciais. É um problema de saúde pública que cresce a cada ano no Brasil. Cerca de 30% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano e 13% caem de forma recorrente, sendo que 70% delas ocorrem dentro de casa.

O risco de quedas aumenta com a idade e pode chegar a 51% em idosos acima de 85 anos. Conforme levantamento do Ministério da Saúde, o número de internações de idosos na rede pública em razão de fraturas do fêmur, causadas principalmente por quedas, cresceu 37% entre 2000 e 2007.

A queda pode significar que houve o declínio das funções fisiológicas (audição, visão e locomoção), do processo de envelhecimento, ou ainda representar sintomas de alguma doença específica ou efeito colateral de medicamentos. Existem também os fatores relacionados ao ambiente em que o idoso interage, sua casa, locais públicos, transporte coletivo, entre outros.

É sabido que apenas uma queda pode ter um efeito devastador na vida do idoso. Estudos mostram que 40% das quedas em mulheres com mais de 75 anos e 28% das quedas em homens da mesma idade resultam em fraturas, e 5 a 10% resultam em ferimentos importantes como traumatismos cranianos e até morte, dependendo do caso. Desta maneira, afetam muito a qualidade de vida do idoso, uma vez que metade dos idosos que caem não consegue recuperar sua mobilidade prévia e passam a ter dificuldade para andar e a ter medo de sair de casa, contribuindo para o isolamento e para a depressão.

Devido à importância do tema em Geriatria, em todas as consultas o idoso é questionado sobre a ocorrência de queda nos últimos seis meses. Os pacientes são orientados quanto à prevenção e aos cuidados que devem ter em casa e na rua para evitá-la. Consultas médicas regulares, ter uma dieta saudável, rica em cálcio e vitamina D, uso de medicamentos somente receitados pelo médico, realização de uma atividade física para desenvolvimento de agilidade, equilíbrio e força muscular, estão entre as orientações básicas para se evitar as quedas.

A cada ano, mais países aderem à campanha com o objetivo de conscientizar a população desse grave problema na velhice, de modo a assegurar, através de medidas preventivas, a independência e a qualidade de vida do idoso.

Dr Denis Milanello – geriatra da Più Vita

CRM MT 7322

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